A gente acorda pra vida e não quer sair da cama
A gente abre a ferida, na pele de quem nos ama
A gente vive na guerra, a gente luta por paz
A gente pensa que sabe, mas nunca sabe o que faz
A gente nega o que nunca teve forças pra dizer
A gente mostra pro mundo o que se quer esconder
A gente finge que vive até o dia de morrer
E espera a hora da morte pra se arrepender... de tudo.
E todas esses pessoas que passaram por mim...
Alguns querendo dinheiro, outros querendo meu fim
Os meus amores de infância e os inimigos mortais
Todas as micaretas, todos os funerais
Todos os ditadores e sub-celebridades
Farsantes reais encontrando verdades
Pra nos proteger um vazio, um castelo de papel
Sempre esquecendo que o mundo é só um ponto azul no céu...
Quem é que vai ouvir a minha oração?
E quantos vão morrer até o final dessa canção?
E quem vai prosseguir com a minha procissão
Sem nunca desistir, nem sucumbir a toda essa pressão?
No escuro, a sós com a minha voz... Por nós, quem? Hein? Hein? Hein?
Antes, durante e após, desatando os nós, hein? Hein? Hein?
Sente no corpo uma prisão... Correntes, vendas na visão...
Os caras não avisam, balas não alisam, minas e manos brisam
E precisam de mais, mais visão, ter paz...
Note que o holofote e o vício nele em si te desfaz...
Menos é mais, e o que segue é a lombra
Onde se vacilar os verme leva até sua sombra...
Cada qual com seu caos
O inferno particular
Tempo, individual
E o amor, impopular


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