domingo, 22 de março de 2015

NEWS FRESNO ENTREVISTA: Dom Pedro


De onde veio a ideia de colocar o “Dom” junto com seu nome, para ser o nome artístico “Dom Pedro”?
Minha família vem de uma região do Rio Gra
nde do Sul chamada Serrilhada, fronteira entre Brasil e Uruguai. Os uruguaios quando querem ser respeitosos, ao invés de chamar "Seu" Pedro,  chamam Dom Pedro,  Dom Henrique,  Dom Pablo...
Esse é um apelido de infância que remete as minhas raízes e que transporta a esse lugar de fantasia chamado fronteira.
É bom ter um nome de fronteira, um pé de cada lado, sempre em dois lugares no mínimo.

E colocar “Primeiro” como nome do primeiro EP foi mais por ele ser o primeiro EP seu, ou pelo trocadilho foda que fica quando ligado ao nome artístico (Dom Pedro – Primeiro)?
As duas coisas. Por ser o primeiro ep e por ativar a polissemia de imagens contidas no trocadilho.

A gravação do Primeiro foi na Dark Matter, né? Como foi o processo? O Lucas além de produzir o EP, participou de alguma outra forma no EP?
O "Primeiro " foi gravado em Porto Alegre,  no estúdio do Diego Poloni ( Apanhador Só ) que junto comigo produziu o disco.
O processo foi simples, gravamos as músicas em sua forma mais nua, voz e violão e arranjamos de maneira sutil com piano, apenas dando ênfase em algumas melodias.
O Lucas Silveira participou do processo do primeiro apenas como produtor executivo,  ou seja, acreditou no trabalho,  me acolheu no selo dele, lançou e distribuiu o disco no formato digital pela Dark Matter.

OUÇA O "PRIMEIRO"

E como foram as gravações do Segundo? Já terminaram? Ele segue com a sonoridade do EP anterior? Tem alguma participação? Já tem previsão de lançamento?
O Segundo foi todo gravado em São Paulo, na Dark Matter, estudio do Lucas num período de 4 dias intensos, num clima de amizade e admiração de mais de 13 anos.
O Lucas produziu o disco todo junto com o Diego Poloni ( Apanhador Só ) e ainda tocou piano em todas as faixas.
O disco está em processo de mixagem com o Tiago Abrahão (Wannbe Jalva) nos estúdios da Gogó - Conteúdos Sonoros (Porto Alegre).
A previsão de lançamento é abril ou maio.
A sonoridade do Segundo é bem diferente. Existe um clima encantado e um certo mistério dos pampas, do sertão e das minas gerais transpassando o disco.

Tem pretensões de lançar os EPs em formato físico?
Por enquanto não. Mas é claro que a idéia é atrativa.

E planos para fazer um CD?
Já estou compondo para um possível disco inteiro. Ainda é cedo pra dizer, mas por enquanto,  estou
trabalhando num disco conceitual que conta uma única história. Deve rolar pra 2016.

Todas as composições, tanto do Primeiro quanto do Segundo, são suas? De onde vem as inspirações para compor?
Todas as composições são minhas.
As inspirações são diversas.  Vivências pessoais, o sofrimento e a beleza do trabalho diário,  a banalidade e a transcendência presentes nas histórias do nosso povo e cotidiano brasileiro.  O amor, a saudade e a vontade de cantar e ser canção.

Você abriu o segundo show da tour O Começo de Tudo da Fresno em São Paulo, o que você achou do público paulista?
Foi uma noite sensacional. Me surpreendi com a quantidade de pessoas que conheciam as músicas e com o carinho do público antes e depois do show.
Quero voltar logo.

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